Os males da frustração
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Passamos a maior parte de nosso
tempo nos preparando. Desde que nascemos, somos preparados para sobreviver e
para continuarmos vivos. O nosso corpo aprende a respirar fora do ventre.
Aprendemos, logo depois, a nos alimentarmos e, gradativamente, todos os nossos
sentidos vão se desenvolvendo para que aprendamos tudo por meio deles.
Adquirimos, ano após ano, a
condição de aperfeiçoamento, e vamos usando essa condição em todas as
situações: em nossos movimentos físicos, em nossos pensamentos e em nossa
expressão verbal. À medida que vamos crescendo, aprendemos certos modelos
intelectuais e emocionais. Aprendemos como responder às situações do dia a
dia e a como nos comportar diante das pessoas e situações. Assim, desde cedo,
somos capacitados para crescermos e assumirmos as responsabilidades de uma
vida adulta. Aprendemos que precisamos ter as coisas que nos mantém vivos.
Aprendemos que precisamos trabalhar para poder nos alimentar. Além da
sobrevivência, aprendemos que o aconchego, o cuidado e o bem-estar fazem
parte de uma vida sustentável.
Nesse ínterim de coisas aprendidas,
também aprendemos uma forma ansiosa de querer que as coisas aconteçam. Muitos
condicionamentos mentais nos fazem achar que o tempo para as coisas
acontecerem é aquele que achamos que tem que ser, e não aquele que de fato é.
A medida da nossa frustração é diretamente proporcional ao quanto não
compreendemos que o tempo para o acontecimento das coisas não depende de
nossa vontade, mas sim da congruência de uma série de informações e
condições, também externas a nós. A garantia que temos sobre o tempo é a
constância com a qual fazemos algo de forma coerente e sustentável. Isso é o
que nos trará os resultados mais satisfatórios diante de um processo e no
menor prazo possível com as condições que temos.
Responsabilizarmo-nos pelos
resultados em nossas vidas parece distante enquanto somos crianças e
adolescentes, mas, quando adultos, não há outra saída a não ser assumirmos
que somos responsáveis por todos os resultados que geramos.
A frustração, portanto, está
associada ao quanto esperamos que determinados resultados aconteçam sem
termos trabalhado por esse resultado positivo. Se assumirmos a
responsabilidade pelos nossos resultados, pelo que fazemos e pelo que
deixamos de fazer, nos frustraremos menos diante das situações do dia-a-dia.
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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Frustração
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